terça-feira, 10 de novembro de 2015

Desculpa, mas você é trouxa


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Quantas vezes já desbloqueasse o celular para confirmar se ele visualizou a mensagem?
Quantas vezes já aceitasse o pedido para sair tarde da noite, porque pensasse que este poderia ser o último?
Quantas vezes já te depilasse às pressas em um banho de três minutos para a pessoa desistir em cima da hora?
Quantas coca-colas  já tomasse com o gelo que ele te deu?
Quantas vezes já puxasse assunto, mesmo com a conversa de vocês já ter ido a óbito?
Quantas vezes já ligasse enganada, enquanto tentava ver a nova foto do WhatsApp?
Quantas vezes você já ouviu Adele dramatizando uma perda onde nunca teve um ganho?
Quantas vezes já desejou que ele tivesse o mesmo desejo de estar contigo?
Quantas vezes já olhasse pela janela do ônibus imaginando como seria bom se vocês fossem como o casal do outro lado da rua?
Quantas viagens você pensou em fazer, voltando para casa com a cabeça encostada no ombro?
Quantas paranoias você criou por alguém que deveria fazer você se sentir segura?
Quantas vezes você se doou? Acreditou? E se fodeu mais um pouco?  
Quantos motivos você já buscou para justificar uma justificativa que não era sua?
Quantos dias você já sentiu medo de perder alguém que nunca se preocupou em querer perder grande parte do tempo dela com você?
Quantos créditos especiais você pagou para visualizar uma resposta que nunca veio?
Quantas vezes você desistiu do amor?

Tudo bem, fique calma! Não há nada de errado com você. Não tem problema ser diferente da maioria, preferir romance à sacanagem, sinceridade à falta de respeito. Você é legal, impossível num mundo de mais de 7 bilhões de pessoas, alguém não reconhecer isso. Fique calma!
Agora, sacode os farelos de bolacha/biscoito, lava esta cara e manda a última mensagem pra ele:

Desculpa, mas você é trouxa.